Há em mim algo da noite. Nunca fui dela, mas me rendo.
Nunca deixei que a insônia me fosse aliada, mas sempre tive dias em que ela esteve presente.
Sempre fui do dia, da poesia do sol, das cores. Mas há noites que me prendem. Feito o último gole.
Todo poeta vive de noites mal dormidas, de copos bem bebidos e de dias mal vividos. E eis mais um dia de lua.