Seca.
O riso não vem mais frouxo
feito a água que corria
lentamente fazendo cócegas na terra.
Os olhos não tem mais cor
feito a flor que ali brotava
e inundava esse canteiro de amor.
O rosto não transparece mais paz
feito a sombra certeira que alivia o ardor do sol.
Secou o amor, a paz, choro, sorriso.
Secou a fonte da alegria ligeira,
da plenitude do olhar.
Secou o amor,
a vontade,
a esperança.
Restou amargura,
o gosto do nada,
a folha em brancura.
Cessou o sorriso,
a sombra certeira,
o gosto de paz,
o amor que não mais se refaz.
Secou.