Mudei o design do blog...novos ares, novos fundos.
~~
"Por que você chora tanto
E sofre sem ter motivo?
Vai, deixa todo esse rancor pra trás
Que a vida vem sorrindo pra nós dois
Que bom ver você florindo (sorrindo)
Desperta, cheia de luz e de verdade
Deixa fugir do seu peito
Essas marcas de um passado que só vão te magoar,
(paixão)
Quem quer viver bem no presente encontra o seu lugar
Seu lugar nos braços do sossego
Enquanto uns dizem que o tempo não para
Outros dizem que o tempo não passa de ilusão, ilusão
Deixe estar que a vida é mais sábia
Cada coisa tem seu tempo
E esses pensamentos não passam de nuvem rasa (rala)
E todo esse sofrimento não pertence a sua casa
Cesso esse tormento, enxugo todo o seu pranto
Com a força e com o sentimento que carrego no meu canto
Que bom ver você florindo."
Mariana Aydar - Florindo
terça-feira, junho 29, 2010
O poder da amarelinha
É tempo de Copa, como eu amo essa época, esse é mais um dos motivos que me afastam do blog. Não perco um jogo da Copa, na verdade não perco nenhum jogo de futebol, está é mais uma das minhas manias, depois da música vem o futebol. Será que nasci no Brasil?
Aprendi a gostar de futebol desde que era pequena, meu pai é fanático e sempre me colocava para ver os jogos com ele, até porque em uma família, na qual só ele é homem teria que sobrar para alguém essa influência, né? E eu não reclamo.
Eu gosto da bola rolando, do verde da grama, das horas sofrendo em frente a televisão, ou no estádio. Decorar o hino, os gritos, os nomes. Saber da história, dos craques, dos títulos. Eu gosto é de ver a paixão que move uma nação toda quarta, domingo, segunda, terça...
Não existe tempo ruim para o futebol, é só seu primo gritar do muro "Vamos jogar", ou você trocar de canal e ver um campo e uma bola rolando que você está preso mais uma vez. E eu não reclamo.
Nessas épocas de Copa todo mundo para, a rua é pintada, as bandeiras saem das janelas e tudo que lembrar nossa seleção é exposto. Tudo bem que eu detesto patriotismo somente em eventos esportivos , mas é inevitável, até aquele sempre fala mal se rende. E eu não reclamo.
Não vou me prender a avaliações, ou a descrições dos jogos, isso eu faço no twitter. Eu vim demonstrar toda minha paixão de brasileira fanática por futebol e pela amarelinha em campo. Apesar de todos os poréns e todos os quais, quando ela rola naquele gramado e passa a linha da grande área. Quando um passe é feito milimetricamente, e ela vai marota direto na ponta da chuteira do atacante e quase implora para morrer na rede. É nesse momento que eu reclamo. Reclamo do pouco tempo que posso gritar gol, do pouco tempo que posso pular, do pouco tempo que posso abraçar, do pouco tempo até o próximo gritar. Ah, como eu amo!
quinta-feira, junho 10, 2010
Que belo estranho dia pra se ter alegria
Boa noite teias de aranha! Depois de mais um distanciamento desse blog voltei para falar de um assunto que até hoje não tratei aqui: Música!
Eu sei que habitualmente uso esse blog para desabafos e confissões, porém desta vez venho falar sobre esse assunto que não vivo sem, a minha querida música. Acho que não existe ninguém que não goste de música nessa vida, e eu não seria diferente.
Posso dizer que gosto de muitas coisas (até coisas demais), mas não posso negar que o que eu gosto mesmo é de música brasileira. Acho que não existe nada mais gostoso de se ouvir do que uma boa dose de música brasileira todo dia.
Meu ipod é mais variado que classificados de jornal, tem desde MPB, passando pelo samba, rock até aquela mais antiga moda de viola (não dá pra negar as raízes).
Mas hoje não vim falar sobre meus gostos, nem minhas bandas e cantores preferidos. Eu vim falar de um show, de uma música que mudou minha semana e mexeu comigo.
Domingo fui ao show da Roberta Sá aqui no Sesc Pinheiros em São Paulo. Foi um dos melhores da minha vida!
Já fui em diversos shows, já pulei, dancei e gritei bastante, mas foram poucos shows que me marcaram, esse foi um deles. Você pode estar se perguntando o que um show, na qual as pessoas estão sentadas, não podem tirar fotos (nem filmar), tem de bacana? Eu respondo e pergunto (parafraseando a mesma) Tudo.
Existe uma aura na música da Roberta que só quem já ouviu ela ao vivo pode sentir. Eu sempre gostei dela, nem sei desde quando, mas escuto a um bom tempo. Entretando, existe aquela diferença entre você ouvindo música ali no canto da casa, no quarto, no carro, do que ouvir ao vivo. Essa é a principal diferença do show da Roberta.
O talento que essa mulher tem não é facilmente encontrado por aí, uma desenvoltura no palco, uma doçura, uma simpatia transparecente e acima de tudo uma voz... ah meu deus que voz é essa?
Além de todos as qualidades da Roberta, toda sua equipe é de primeira, músicos competentes e talentosos.
Roberta deixou de ser uma promessa para ser uma realidade, daquelas que você vai ouvir muito por todos os lados. E eu recomendo vivamente todas as músicas do CD atual Pra se ter alegria.
Uma admiradora da Roberta é sempre suspeita para falar qualquer coisa, mas é só baixar uma música que você irá se encantar.
E respondendo a minha mesma pergunta. Você não fica sentado você flutua. Ela te leva até ao palco (literalmente) no final e você dança. Você não filma e nem fotografa (alguns sim rs), você contempla e memoriza.
Minha semana já é outra depois de domingo, não me canso de ouvir e de lembrar. Fiz uma promessa para mim mesma, não perderei nenhum show que apareça e eu possa ir. Até porque sei que ir nesse show foi mais uma sincronicidade em minha vida, pois tudo deu muito errado nesse dia, mas eu consegui chegar a tempo e consegui viver esse momento lindo.
"Devagar esquece o tempo lá de fora..."
Fotos e Vídeos:
Interessa? (Música que deu nome ao blog)
Janeiros
Fonte: Ju Oliveira
Lavoura e 1 minuto
Ah, se eu vou
No final ainda sai com CD autografado e foto.
quarta-feira, junho 02, 2010
Levantar
Confidência
Maldição sobre vós, doutores da lei! Maldição sobre vós, hipócritas!
Assemelhais-vos aos sepulcros brancos por fora; o exterior parece formoso, mas o interior está cheio de ossos e podridão.
(EVANGELHO DE SÃO MATEUS, cap. XXII)
(...)
Tua alma é como as veigas sorrentinas
Onde passam gemendo as cavatinas
Cantadas ao luar.
A minha — eco do grito, que soluça,
Grito de toda dor que se debruça
Do lábio a soluçar.
É que eu escuto o sussurrar de idéias,
O marulho talvez das epopéias,
Em torno aos mausoléus,
E me curvo no túm'lo das idades
— Crânios de pedra, cheios de verdades
E da sombra de Deus.
E nessas horas julgo que o passado
Dos túmulos a meio levantado
Me diz na solidão:
"Que és tu, poeta? A lâmpada da orgia,
"Ou a estrela de luz, que os povos guia
"À nova redenção?"
(...)
Oh! por isso, Maria, vês, me curvo
Na face do presente escuro e turvo
E interrogo o porvir;
Ou levantando a voz por sobre os montes, —
"Liberdade", pergunto aos horizontes,
Quando enfim hás de vir?"
Por isso, quando vês as noites belas,
Onde voa a poeira das estrelas
E das constelações,
Eu fito o abismo que a meus pés fermenta,
E onde, como santelmos da tormenta,
Fulgem revoluções!...
Castro Alves
Maldição sobre vós, doutores da lei! Maldição sobre vós, hipócritas!
Assemelhais-vos aos sepulcros brancos por fora; o exterior parece formoso, mas o interior está cheio de ossos e podridão.
(EVANGELHO DE SÃO MATEUS, cap. XXII)
(...)
Tua alma é como as veigas sorrentinas
Onde passam gemendo as cavatinas
Cantadas ao luar.
A minha — eco do grito, que soluça,
Grito de toda dor que se debruça
Do lábio a soluçar.
É que eu escuto o sussurrar de idéias,
O marulho talvez das epopéias,
Em torno aos mausoléus,
E me curvo no túm'lo das idades
— Crânios de pedra, cheios de verdades
E da sombra de Deus.
E nessas horas julgo que o passado
Dos túmulos a meio levantado
Me diz na solidão:
"Que és tu, poeta? A lâmpada da orgia,
"Ou a estrela de luz, que os povos guia
"À nova redenção?"
(...)
Oh! por isso, Maria, vês, me curvo
Na face do presente escuro e turvo
E interrogo o porvir;
Ou levantando a voz por sobre os montes, —
"Liberdade", pergunto aos horizontes,
Quando enfim hás de vir?"
Por isso, quando vês as noites belas,
Onde voa a poeira das estrelas
E das constelações,
Eu fito o abismo que a meus pés fermenta,
E onde, como santelmos da tormenta,
Fulgem revoluções!...
Castro Alves
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