terça-feira, agosto 02, 2011

Reunião da desunião de um ser


Troca-se a fase. Troca-se a cor. Um envolvimento dos dizeres que ficam por ser ditos pendurados ao rodapé. Vão-se os meses. Deixam-se sonhos. Curva-se. Aglomerados de garrafas abertas. Rios que se secam. Tons de cinza. Ronda, rezas e rumos. Pés, chão, poeira. Pano, sujeira, pedras. Partir.
Tons de preto. Cruzes, tesouros, mapas. Sai o destino, entra a coragem. Era terça, feira, fato, feitos. Figas, digas, mintas. Progrida, prossiga, remende. Deite, olhe, cegueira.
Aos três trilhões de segundos que deixei, um cego, surdo, mudo rondei. Um céu mudou de cor e um se perdeu. Choveu.
Era sem fim. Pequenas, tortas, miúdas. Espremidas, contidas, diminuídas. Contos, pontos, pedaços. Dedos, anéis, sossegos.
Engolido pelo tempo surge o indefinido. Limitar-se é a liberdade que consome a nossa expressão. Não existe sossego, só prisão. O céu é desapego sem comunhão e a transgressão não divide mais seu pão. Rumos, rondas e rezas. Um sentido de quem lê, outro de quem vê, mas nenhum de quem não sente.

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