Andei recolhendo inúmeras
saudades. De tempos de outrora, de dias lá fora.
Saudades dos repentes que
eu fazia na mente, dos caminhos de chão batido que eu pensava em trilhar.Dos
livros esquecidos em cada sebo que prometi voltar. Saudades das inúmeras mesas
de bar que deixei conversas picadas, dos planos mirabolantes das conversas de
rodas de calçada.
Dos tempos em que havia
tempo para ver um sarau. Para recitar poesia na casa do Andrade, o Mário.
Saudades de uma essência
distante que deixei escapar por muitos instantes.
Saudades de ter tempo
para ser somente o que bastava em mim.
Saudades de pertencer só
a mim e aos meus sonhos meticulosamente mirabolantes, mas que me resumiam em
tudo.
Saudades de ser quem eu
sou.
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