quinta-feira, julho 14, 2011

Eis aqui a gaveta aberta

Em uma estreita e bucólica rua da cidade, ao lado de duas árvores que rodeavam a calçada morava um sorriso suave. Era uma tarde pacata de primavera, na qual as flores respingavam as gotas da chuva e cobriam o chão com um rosa leve.
No segundo andar de uma casa simples e muito bem decorada, a dona do sorriso suave se prendia em pensamentos e pequenas tarefas domésticas. A chuva molhando as plantas no jardim deram um descanso para o trabalho matinal de jardinagem.
Ao som de uma melodia que enchia a casa, a mulher dançava suavemente pelos cômodos, como se deslizasse pelas paredes. Uma vida simples em  sua suavidade completa.
Alta, não mais gorda, nem mais magra do que se vê pelas ruas. Cabelos soltos, negros, ora castanhos. Olhos ternos, intrigantes, azuis esverdeados. Pele cor de neve, vermelha em dias de sol. Passos largos, decididos. Nem sempre certeiros, mas adiante.

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