Assistir televisão hoje em dia é se dedicar ao poder de
abstrair ou escandalizar. Está cada vez mais difícil sentar e ligar a TV no
jornal do dia, isso porque a maioria deles só se preocupa com o sensacionalismo
barato recorrente na mídia brasileira. É o que dá dinheiro, ibope, não é? Veja
um caso, você assiste todos os dias no seu telejornal que alguém bebeu e bateu
o carro e matou, feriu ou provocou alguma tragédia, mas será que você notou que
quando o próprio entra no intervalo são os comerciais de cerveja ou de seguro
dos bancos que mais aparecem?
Se você preferir pode pular essa parte, talvez seja mais
fácil sentir vontade de beber aquele refrigerante da propaganda e gastar
dinheiro bebendo aquela cerveja nova com ‘cara’ de mulher atraente. Não podemos
ser hipócritas, todos fazem isso, você não foge a regra, mas a hipocrisia se
difere da ignorância. Compreender o que se compra e o que se vende, em sua
essência (talvez nem tão profunda), é tão necessário quanto trocar de canal na
hora do horário político.
Não venho julgar estratégias de marketing ou seus gostos
pessoais por canais ou cortes de cabelos das apresentadoras, venho colher
pequenos toques do que percebi e aprendi. Compartilhar com as palavras. E só.
Abstrair é necessário, por isso
existem filmes e novelas, porque você precisa digerir tudo que engole no noticiário
lentamente sem perceber enquanto chora/ri da vida contada por personagens que
muitas vezes se assemelham a sua (tirando a parte de que você não ganha na
loteria, claro). E não digo que não as acompanho, gosto muito delas!
É essa função de quem fatura com televisão e
eu nem sou especialista nesse assunto, sou apenas uma espectadora assídua da
mente e das telas de TV de uma geração do macarrão instantâneo. São 3 minutos e
já foi.
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