O presente, uma caixa pequenina
onde cabe nossa manhã, nossa tarde, nossa semana, nosso mês. O presente no qual
o agora, o instantâneo e o imediato são parceiros muito além de sinônimos. O
passado é o ontem já distante, o futuro é o amanhã outrora longe, calculado,
hoje anotado com dois, três rabiscos em uma agenda.
Rasgue a folinha do calendário e
verá o tempo mais rápido. O tempo é constante, suas inconstâncias momentâneas é
que fazem a sensação do seu relógio interno ser acelerado. Um minuto choveu, no
outro escureceu, o sol saiu, ou é o inverso? Não sei, não tive tempo de olhar
para o céu.
A geração do macarrão instantâneo
nos consome. Século XXI computador em mãos, nos pés, nos olhos. Energia que se
esvai perante o emaranhado de fios da sua mesa do escritório. Já dizia o poeta
“o futuro a Deus pertence”, mas quem é Deus? Não sei, não tenho tempo para
perder com fé. Fé, palavra erroneamente ligada a um passado, meu e seu, hoje.
Presente, dia a dia, presentismo dos nossos
dias nos dão hoje: solidão, limites, prisão, paradoxos.
Entenda quem quiser, tire um
tempo.
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