sexta-feira, fevereiro 14, 2014

A única estrela no céu de uma noite sem fim


Madrugada de 14 de fevereiro de 2014

A dor da perda é a dor que mais me intriga. ela vem sufocante, te prende a fala, o ar. Te consome lentamente, seja um minuto, dois, uma vida. Nos agarramos no pretexto e caçamos as culpas. Mas só há a exatidão do vazio. Apenas ele, tão calmo e simples.
As lembranças se tornam alento, o futuro um desespero. Nossa única certeza na vida é que um dia a morte chega, mas não aprendemos a lidar com ela. Abraços, consolos e lágrimas nos prendem e nos libertam. O que permanece é o brilho, esse nunca se apaga. Assim como a única estrela no céu está noite.
Cada etapa tem seu caminho, mas toda trajetória tem um fim. Como sabemos, só o tempo reconstrói e fixa o que for preciso. Para quem nunca deixou de brilhar, nem a eternidade terá o poder de apagar. E o que nos resta é ir reacendendo a cada dia esse brilho que renasce.
Existem infinitos finitos, mas existem brilhos que são eternos. Só a certeza da lembrança é o que nos mantém firmes em nossa fé.