terça-feira, dezembro 28, 2010

20L1_1Z



Essas palavras trazem um sentido muito especial para meu ano que está se encerrando. Meu iluminar foi constante. Espero que essa mensagem e toda a sincronicidade que está envolta nela passe para cada pessoa que se sentir tocado por esse vídeo. Que 2011 venha cheio de LUZ e amor.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Em cada dia primeiro um novo cheiro de mar

Ao passo em que andava pela orla refletia sobre quantos grãos de areia eram necessários para se ter um mar. Desde manhã caminhando pela praia sabia que a próxima volta traria o sol mais ardente. Pensava sobre seus dias vividos desde o começo daquele mês que modificará estupidamente a sua vida. Entretanto, achando se o máximo do alento pensará que todos os meses foram diversos.

Enquanto os dias decorriam livremente no primeiro semestre daquele ano, corando os rostos das crianças no parquinho próximo a sua casa, ele se achava obscuro demais por ter planejado sonhos para 12 meses.
Não valeria a pena viver em planos, sempre soube que isso era apenas uma maneira de consumir mais e mais. Sempre achou que as pessoas se iludiam demais traçando metas, mas agora tinha quase certeza de que certas ilusões salvam almas de se esvaziarem por completo.
Da lista jogada ao mar dentro de uma garrafa no primeiro dia do ano, apenas uma ou duas coisas haviam decorrido como o planejado, as demais insistiam em ficar para um próximo ano, tão distante quanto à data em que fizera esses pedidos pela primeira vez.
Ao passo que os dias chuvosos se tornavam agradáveis as esperanças se dissipavam como fumaça. Um dia de chuva geralmente não é tão apreciado quanto um dia de sol, mas enquanto se dorme a chuva é bem vinda. Ele sempre se indagara por que preferia dormir sem chuva e acordar sem dias de sol.
Chegava ao fim mais um longo rápido ano, pois todos sabemos que quando pensamos em que data do ano vivemos, sempre se sabe que será a mais próxima do fim e finalmente vamos ter certeza de que não fizemos nada do que planejamos. Um ano deveria ter mais que 12 meses.
As contradições dos pensamentos de atos passados iam e viam como as ondas do mar que particularmente hoje estavam calmas. Talvez fosse porque até o mar sabia que mesmo em tempos corridos um, ou dois dias de calmaria eram necessários.
Quando se revoluciona um ideal é porque de alguma forma você percebeu que ele valeria à pena. E esse era o maior avanço que Paulo conquistara neste ano. Talvez ele não se desse conta naquele instante, mas sabia que o próximo ano não seria igual ao que passou. E que dias de calmaria servem mais para um descanso do mar e deleite dos pescadores, do que para balanço de frustrações e vitórias.
Ao entardecer percebemos o quão importante foi nosso dia. Ao iluminar dos primeiros fogos é que percebemos a necessidade de ir e vir, como o mar em sua imensidão.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

"Nada posso lhe oferecer que não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em sua própria alma. Nada posso lhe dar, a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo."

Hermann Hesse

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Castelos de areia não tem janela

E dizer que cada janela não te leva a algum lugar é o mesmo que dizer que rimar não te leva a um fim. Ao mesmo tempo que você espera que o tempo não passe é melhor sentar.
Ao fim do dia vem a noite, ao fim da noite vem o dia. O que é mais óbvio para você?
Agora pare, e olhe de novo pela janela. Você vê algum lugar? Uma escada, um ármario, um chão. Castelos de areia esvaiem-se pelas mãos. Castelos de areia não tem janela.
Eu desço de guarda-chuva do topo do monte de papéis. Cada papel com seu dono, cada dono com personagem. Uma vida um personagem ou um personagem para toda vida?
Três pés, dois, um, fim.

segunda-feira, novembro 22, 2010

O Bolo

Voltando a ativa para um post sobre variedade, ou melhor, sobre cinema. Depois de um tempora só escrevendo textos do Imensidão (um projeto que eu pretendo levar em frente no ano que vem) vim falar sobre uma das minhas paixões.
Começando por um curta que assisti semana passada no Festival Mix aqui em SP. O curta se chama "O Bolo" e tem Roteiro / Direção / Produção: Robert Guimarães.
O roteiro do filme é muito criativo e completamente diferente das comédias habituais. Por seu tempo limitado precisa convencer e além disso fazer o público prestar atenção, pois na sessão do Festival era o quarto curta e dois deles eram muito lentos o que causou sono em diversas pessoas da sala, que por sinal estava lotada.
E então aparece a genialidade do roteiro, pois, além de prenter o público o fez rir do começo ao fim.
Fabíula Nascimento mostra mais uma vez que o humor é uma de suas melhores fontes e mais uma vez mostrou grande performace como a recatada doméstica Dirce. Eriberto Leão também surpreende como Cadu, um patrão bonitão, mas com gostos um tanto quanto suspeitos para Dirce. Nota máxima para os dois.
Outro destaque é o cenário que muito bem montado não deixou a desejar em nada do começo ao fim.
"O Bolo" foi o mais aplaudido da sala e venceu o prêmio de melhor curta do festival. Merecido.





Sinopse:


Dirce (Fabíula Nascimento) é uma empregada doméstica religiosa que trabalha para Cadu (Eriberto Leão), um artista libertário. Umasequência de situações hilárias ocorre quando a moça prova o bolo de aniversário de seu patrão. Ao limpar a casa onde aconteceu uma festa na noite anterior, a jovem diarista se depara com as sensações provocadas pelo doce “mágico”, dado de presente pela amiga hippie chic Lili (Catarina Abdala), que despertam a sensualidade da empregada, que se vê atraída pelo patrão bonitão. Sem conseguir saciar seu desejo, ela encontra no porteiro Agnaldo (Flavio Bauraqui) a oportunidade de realizar suas mais secretas fantasias sexuais
ELENCO:
Dirce FABÍULA NASCIMENTO
Cadu ERIBERTO LEÃO
Agnaldo FLAVIO BAURAQUI
Lili CATARINA ABDALA
Gustavo KIKO MASCARENHAS
Bernardo FELIPE ABIB
D. Sura ANGELA RABELLO
Médico KAIKE LUNA


terça-feira, novembro 09, 2010

Árvores

Sentado na janela de um ônibus, observando os carros passar Paulo encontrava vestígios de um falso companheirismo cotidiano. A imensidão de pessoas na rua iludia os mais ingênuos sobre sua solidão. Reparando no passo apressado de cada uma delas, as suas infindáveis conversas ao telefone, ao seu olha vago nas calças, ao som perdido do trânsito.Virou-se para a pessoa que estava ao seu lado e perguntou:
_ Essa cidade é cheia demais – olhando fixamente para o velho senhor que distraído tinha se assustado com a súbita indagação.
_ Eu sei, meu filho, mas cada pessoa que passa por essas ruas tem uma história, tem uma vida – respondeu o senhor.
Paulo, novamente observou através da janela e disse:
_ Essas pessoas são solitárias. – resmungou baixinho fazendo com que o velho senhor fizesse um grande esforço para escutá-lo.
_ Ao que me consta, dizia através da janela do ônibus, a solidão de uma metrópole é uma pequena árvore que resiste ao fim da rua.
Paulo se confundiu com essa resposta, mas sorrio para o velho senhor que parecia satisfeito de ter tido essa breve conversa.
Descendo na rua de sua casa reparou nas árvores ao redor e sentiu que a brisa do mar estava novamente chamando por ele, como se o convidasse para um passeio pelos seus cabelos. Não resistiu e foi conferir qual era essa nova sensação que vinha daquela brisa.
Cada novo passo em direção ao mar significava uma nova experiência, uma nova sensação. Perto de sua pedra favorita ao canto da praia, sentou-se e mesmo com um sol que insistia em lembrar que a perda de seu chapéu era extremamente significante quando ele estava presente.
O diálogo com o velho senhor havia posto mais dúvidas na cabeça de Paulo. Vivia em uma cidade enorme, com milhares de pessoas, muitas vidas e muitas boas histórias para contar, mas insistia na convicção de que a maioria delas era solitária. Não sabia ao certo o que lhe proporcionava tamanha certeza, pois não as conhecia pessoalmente.
A brisa costumeira o fazia fechar os olhos cada vez que ganhava uma nova força. Um esboço de sorriso surgiu em seus lábios e fechando os olhos sentiu o cheiro daquele perfume que havia lhe tirado o sono. Um cheiro novo, mas que parecia tão presente.

quinta-feira, novembro 04, 2010

~_~_~_~

Aos pés do morro, descalços, sem rumo. O vento castigava seus já rebeldes cabelos. Logo adiante se via o soar das ondas batendo nas rochas. Era uma tarde de primavera, o sol era tímido, mas imponente. As dúvidas ainda persistiam e o chapéu se fora. O balanço do mar de agora era o silêncio de outrora.
Sentou-se ao redor de um pedra, observou o mar. Sempre foi difícil para Paulo aceitar que sua vida não era como havia planejado, geralmente as coisas nunca são como nós queremos. Houve um tempo em que sonhar era mais fácil, talvez seja porque quanto menos preocupações, mais tempo para idealizar. Era complicado demais resolver os problemas.
A leveza das ondas impressionava e ao mesmo tempo irritava. Por que era tão fácil para o mar ser sempre um motivo de sonhos e desejos? E se sonhar fosse como o mar por que é tão difícil atravessar a correnteza? Tenho certeza que nem ele próprio sabe.
O tempo passara e a brisa trazia o cheiro doce e suave da mata verde que se via ao redor do morro. A esperança renasceria no fim do dia.

segunda-feira, novembro 01, 2010

"O leite derramado sobre a natureza morta
Me choca, me choca
Me choca, me choca
Quando eu perdi você, ganhei a aposta
Não força, não força, não força
Não força..."

segunda-feira, outubro 18, 2010

Silêncio

O escuro do quarto era intrigante, dentro do peito a sensação de um emaranhado de sentimentos e no corpo a sensação de três dias sem dormir. A escuridão conforta, mas engole. O som não era mais o mesmo. O barulho ensurdecedor das buzinas na rua em baixo sufocava. Nem o som do mar confortava.

Era mais uma noite densa. Todas as dúvidas e incertezas afloravam e os devaneios rotineiros se escondiam ao redor do quarto em uma espécie de brincadeira de mau gosto.
Mãos na cabeça, pés na parede, coração pulsante, olhos cravos no negro do teto.
- Por que voltou? - indagou ao vento.
- Achei que fosse pra sempre, adeus. Não volta mais. - respondeu o silêncio.
E o soar dos carros passando. O silêncio é eloquente.

domingo, outubro 17, 2010

Cheiro da manhã

Ao som do cantarolar de pássaros despertava de um pequeno cochilo matinal, não havia dormido quase nada. Era domingo. Todo fim de semana a alma pede um banho de mar, pede cabelos soltos ao vento.
A cortina balançava levemente na melodia da brisa, o barulho das crianças no quintal do vizinho não permitiam que se perdesse no tempo. Era fim de semana, era domingo.
Dois dias, apenas dois dias e parece que tudo que havia dado errado durante a semana não passava de uma velha pilha amarela de papéis em cima da mesa prontos para serem descartados. É tão fácil.
Depois de voltar de uma longa conversa de mesa de bar tentara dormir, o corpo pedia um breve alento, pois sabia que ainda teria mais um dia. Às quatro da manhã, sentado a beira da cama. Olhando para os pés sempre dizia 'É tão fácil' e ia até a janela esperar o sol.
Ao primeiro raiar um sorriso surge. O cansaço se esvai e inflama uma alegria irradiante por dentro do peito. Ao som dos pássaros, a sensação da brisa bagunçando os cabelos. Era domingo, mas não um domingo qualquer.
Abre o armário dá uma olhada por cima das roupas, escolhe um chapéu, uma camisa branca. E dá o primeiro passo para enfrentá-lo. (...)

quinta-feira, outubro 14, 2010

Tropa de Elite

O melhor filme do ano estreou sexta-feira passada nas telonas do Brasil. Tropa de Elite 2 é sem nenhuma sombra de dúvida o melhor filme do ano. Além de trazer um Wagner Moura acima de todas as expectativas trouxe em um momento crucial para o país um dos temas mais importantes da atualidade, a podridão do sistema.
Depois de um alucinante primeiro filme recheado de cenas de ação e frases que até hoje escutamos pelas ruas, José Padilha surge com mais um soco de consciência ao abordar a corrupção dentro da segurança das cidades, dentro da nossa política. Destacar os pontos altos do filme se torna um tanto quanto complicado, devido ao fato de mesmo com menos ação é quase impossível piscar durante o filme. Todo o diálogo do Capitão Nascimento que sobe de cargo, e sai das ruas, para se embrenhar de terno e gravata dentro do sistema te forçar a abrir os olhos para tanta corrupção e impunidade.
Meu maior lamento foi o filme não ter estreado antes das eleições, confesso que isso me intriga muito, pois alguma diferença iria fazer nas pessoas, visto que as lotações máximas de todas as salas e os aplausos no final do filme foram tão evidentes. Uma pena.
Infelizmente não temos tantos Nascimentos pelo Brasil que tenham coragem de jogar toda a lama no ventilador e aqueles que buscam as mudanças não tenham se elegido. Confesso que o comentário é sobre a qualidade do filme, a sua trama bem armada, seus atores, sua direção impecável, mas também é um misto de vergonha e desgosto devido ao resultado das últimas eleições. Porém, não motivo de abandono, de descrença. Não acomodar com o que incomoda nunca.
Não precisamos de tiros e mortes, precisamos de consciência e vontade. Mais Nascimentos como pais, menos Nascimentos capitães, mais justiça, menos corrupção.
O sistema fede, não pise mais nele.






Recomendo.

segunda-feira, setembro 27, 2010

O despertar da consciência

É sábado e Paulo se encontra ao som de sua música preferida sentado no sofá da sala com uma pilha de documentos para entregar segunda de manhã. A tela do computador pisca, enquanto sua caixa de email está explodindo de problemas para serem resolvidos até o final do mês.
Pensando em uma nota do jornal que vira naquela manhã, Paulo se intriga por ter sido afetado por uma tão pequena notícia sobre a vida de um estudante que caminha horas e horas para chegar a escola e mesmo saindo frustrado com seu aprendizado repete essa rotina todos os dias, e ele dizia "mesmo que não seja boa, preciso dela para poder mudar de vida".
Paulo nascera em uma família de classe média, havia estudado em uma escola boa e sabia o quanto seus pais tinham sofrido para manter ele e sua irmã mais nova dentro de uma escola que propiciaria a eles uma educação de qualidade.
Formado em administração Paulo era funcionário público de renome e trabalhava na prefeitura de sua cidade. Ganhava bem, mas trabalhava muito, tanto que nem tempo para suas coisas ele tinha. Sofria muito por não ter tido espaço para consolidar uma família, chegara aos 30 e estava só.
Na manhã daquele sábado, véspera de eleição, ao se deparar com a notícia do garoto em sua luta por melhoria de vida, Paulo se viu surpreso. Ele não teria dado nenhuma atenção senão fossem pelos últimos acontecimentos que vivenciara em seu trabalho naquela semana. Seu gabinete havia sido acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, principalmente das verbas que iam para a educação. Todos estavam sendo investigados. Paulo sofrera um golpe profundo, pois durante anos trabalhava com aquelas mesmas pessoas, na qual, quando havia tempo livre, saia para beber ou jogar conversa fora.
Envolvido demais com seus problemas, Paulo não havia notado que a condição de vida de seus companheiros subia rápido demais, enquanto ele penava horas a fio para manter o mesmo salário de quando havia começado. Em baixo de seus olhos os erros aconteciam.
A honestidade do ser humano vem de sua criação, vem de seu caráter, vem de seu consciente. Paulo era honesto, mas convivia em ambiente que burlava essa regra fundamental no ser humano.
Ao ler a nota no jornal, ele percebeu que todas as ações que fazemos dentro de nossas vidas refletem na de outras pessoas, mesmo que não tenhamos consciência disso. Paulo estava sendo conivente sem ao menos saber. A corrupção estava em seu dia a dia, em seu monte de papéis sobre a mesa, na sua caixa de emails lotada.
E quem sofria as conseqüências era aquele garoto, eram inocentes que não tinham condições de ter um futuro melhor se não fossem perseverantes em busca de seus sonhos.
As vésperas de um momento tão marcante para o país, Paulo resolveu que iria mudar aquela situação e ser como o garoto da notícia que se esforçava para ser um ser humano melhor apesar de todas as dificuldades. Paulo, deixou seus problemas de lado por um instante e abriu os olhos para o mundo ao seu redor, para como estava sendo cego com a sociedade e com o mundo em que vivia. O quanto seu egoísmo o afastava dele mesmo e de tudo que havia aprendido em sua vida e achava que pratica, quando na realidade nem ao menos de lembrava. Paulo cresceu, renasceu, escolheu lutar.
Na manhã seguinte acordou bem cedo, correu pela orla e respirou o ar puro que vinha do mar, como a muito não fazia. Não imaginava o quão branco estava ao se olhar no espelho e notou que não tomava sol a um bom tempo. A cor dos seus olhos mudou e um novo brilho determinado ressurgiu nele. Aquele brilho da época da faculdade, dos debates inflamados pelo seu ponto de vista, da participação em eventos importantes para a construção de melhorias para sua cidade. Um tempo no qual havia se vivia.
Paulo votou com consciência, com dignidade, acreditando que poderia mudar sua vida e daquele menino.
Ele era poderoso, mesmo que fosse por apenas alguns segundos apertando os botões, ele estava poderoso. Seu poder emanava pelo seu olhar, pela sua determinação. Mesmo sabendo que sozinho não poderia fazer nada, ele se sentiu no dever de fazer o certo e sabia que escolheu com consciência e com convicção.
Paulo não errara, seu pequeno gesto de consciência poderia mudar a vida do garoto da nota, do seu vizinho, dos seus companheiros corruptos de trabalho, mudou a sua vida.
Cada ato consciente pode mudar um país, um mundo. E o olhar volta a brilhar.

domingo, setembro 12, 2010

Carnaval só ano que vem

Boa noite! Desculpem pela demora nas postagens, estou voltando a ficar com meu tempo mais curto, as provas, os seminários estão com tudo nessas semanas, além disso estou em um projeto paralelo estudando e lendo muito.

Hoje vou postar um texto sobre o carnaval que fiz para meu seminário na aula de Patrimônio Imaterial. Ele está curto porque precisei ser muito breve por conta do tempo da aula. Só estou postando-o porque quem me conhece sabe que sou muito fã dessa grande festa popular tão famosa no nosso país.

~~



O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e democráticas do mundo. No Brasil, o carnaval é a festa mais popular do ano e a que maior recebe pessoas e expectativa durante todo o ano.



O carnaval brasileiro tem origem em uma tradição portuguesa chamada Entrudo. Suas características eram marcadas pela presença de negros e mestiços que jogavam uns aos outros, água, ovos, farinha e limões de cheiro. O entrudo acontecia em um período anterior a Quaresma, no calendário cristão, por isso possuía um significado de liberdade que, muitas vezes, trazemos até hoje.
O Entrudo nunca foi bem aceito pela classe alta da sociedade brasileira, principalmente a carioca, por isso ele foi proibido diversas vezes. Entretanto, sua força perante a população era marcante, o que resultou em sua permanência.
Dentro da parcela mais rica da sociedade havia o costume dos bailes de máscaras, tradição que veio da Europa durante o século XIX. Eram realizados em teatros e salões freqüentados pela elite. Com sua crescente popularidade a “mascarada carnavalesca” começa a ganhar popularidade e fôlego, espalhando-se pelas ruas do Rio de Janeiro. Por volta da segunda metade do século XIX os mascarados desfilavam pelas ruas a pé ou de carros puxados por cavalos, exibindo toda a exuberância de diversas fantasias que muitas vezes beiravam o exagero e o ridículo.
A partir dessa enorme popularidade as mascaradas carnavalescas são também aderidas pelas camadas mais baixa da população, da fusão do entrudo com as mascaradas surge o Carnaval brasileiro e todas as suas peculiaridades.
No século XX com o avanço do samba dentro da sociedade, o carnaval acaba aderindo-o em suas festas. A partir disso são criados os primeiros blocos de rua, as chamadas Grandes Sociedades e os Ranchos, que posteriormente se tornariam as Escolas de Samba. A farinha, o limão e os ovos, do entrudo, são substituídos pelo confete e lança-perfume. A partir do século XX, o carnaval ganha forças por todo Brasil estando presentes em quase todas as localidades.
A prtir de então, ao longo de todo o século XX e XXI o carnaval brasileiro ganha destaque por sua diversidade dentro de todo território nacional. Podemos encontrar diversos tipos de festejos do carnaval, o de rua, as escolas de samba, o carnaval baiano, o de Recife e Olinda, entre outros.
O carnaval de rua é característico de diversas localidades como Salvador, Recife, Olinda, Ouro Preto e Rio de Janeiro. A presença de blocos, agremiações, cordões e bandas caracterizam esse tipo de festejo popular, dentro deles não existem distinções sociais, nem econômicas, todos são iguais durante a festa.
As escolas de samba, tão famosas no Rio de Janeiro e em São Paulo, fazem parte de uma estrutura carnavalesca diversa dos carnavais de rua. Existe dentro dos desfiles de escolas de samba uma diversidade enorme, ele é divido em alas, bateria, comissão de frente e diversas outras modalidades. A partir de toda essa reunião de características o samba-enredo foi tombado como patrimônio cultural imaterial brasileiro.



Além do samba, a democracia do carnaval brasileiro abre espaço também para o frevo, o axé, o maracatu, as marchinhas e diversas outras musicalidades regionais que compões diversas festas carnavalescas pelo país.
Com isso podemos concluir que o carnaval é uma marca de uma grande população brasileira amante dessa festa, que seguiu a rota dos salões e bailes, mas não perdeu sua resistência popular. O carnaval é uma festa que independente da vontade social e política se estabeleceu em todo o país. O povo passa de liderado à líder e torna o carnaval o maior espaço democrático do mundo, no qual reflete a oportunidade dos disfarces das máscaras e fantasias, talvez retirando nestes dias de folia a sua própria máscara, e revelando a sua verdadeira face.


quarta-feira, agosto 25, 2010

Humilhar-se nunca, humildar-se sempre.

O post especial dessa semana não é meu, mas reza da mesma cartilha que eu e faz parte do meu novo cotidiano, da minha vida, dos meus sonhos, planos e rumos.
O texto é da minha amiga Gabriela Mazetto, companheira de longas conversas no msn, devaneios pela vida, aventuras incomparáveis e de um novo movimento que surgiu dentro de nós. Somos um trio, não posso esquecer da minha xará amada que também está sempre presente, Thássia Burian. Além disso, destaque fundamental para o mentor dessa revolução de amor, parceria e sonhos, Eri.

~~

"Começo o post de hoje, com um tweet do Eriberto: "Humilhar-se nunca, humildar-se sempre." Precisamos criar esse verbo em nossa língua: Humildar.
A etimologia da palavra Humildade, vem de humus que significa estar em contato com a Terra...” – Eriberto Leão
Humildar-se, ao meu ver, é a pessoa ter consciência de que não sabe tudo, de que erra, pode errar, e que assumir suas fraquezas é parte da vida, é dever do ser humano...É ser gentil, generoso, paciente, enfim, tudo sinônimo de humildade... É você saber que não se vive sozinho, que se precisa dos outros, pra se ter alegria, pra crescer como ser humano... E que os outros também precisam de você, de sua ajuda, compreensão, do seu saber, da sua inteligência, das suas idéias, do seu “amor”...
Em uma pequena pesquisa sobre o assunto, um poema de Antonio Aleixo:

“Sou humilde, sou modesto;
Mas, entre gente ilustrada,
Talvez me digam que eu presto,
Porque não presto p’ra nada.”

Também encontrei a seguinte definição: A palavra Humildade vem do Latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e passividade. Por humilde também se pode entender a personalidade que assume seus deveres, obrigações, erros e culpas sem resistência. Assim, se pode dizer que a pessoa ou indivíduo "assume humildemente".
Aí encontrei uma pequena citação, justamente sobre As Sete Virtudes: Castidade, Generosidade, Temperança, Diligência, Paciência, Caridade e HUMILDADE.
As virtudes que mais se “encaixam” com Humildade:
Generosidade é a virtude em que a pessoa ou o animal tem quando acrescenta algo ao próximo. Generosidade se aplica também quando a pessoa que dá algo a alguém tem o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais. Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais pessoas porque isso as fará bem, tanto quanto aquela pessoa que dividirá um tempo agradável para outros sem a necessidade de receber algo em troca.
Diligência: A palavra diligência vem do verbo latino diligere, que significa amar; diligens (diligente) significa aquele que ama. Remédio para a preguiça, a virtude da diligência consiste no carinho, alegria e prontidão (diferente de pressa) com que pensamos no bem e nos dispomos a realizá-lo da melhor forma possível.
Paciência consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido , capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa, capacidade de se libertar da ansiedade. A tolerância e a paciência são fontes de apoio seguro nos quais podemos confiar. Ser paciente é ser educado, ser humanizado e saber agir com calma e com tolerância. A paciência também é uma caridade quando praticada nos relacionamentos interpessoais.
Coloco um trecho de um livro: “O Essencial da Vida”, que explica bem, o sentido do verbo: "Humildar-se é afastar o egoísmo que insiste em nos acompanhar, é tornar-se responsável pela felicidade dos demais. As pessoas que vivem assim são capazes de, ao agir, falar, aspirar e pensar, misericordiosamente, viver para os outros e para Deus - Hermógenes os chama teóides".
Humildar-se não significa ter de humilhar-se. O Cristo foi humilde. O Cristo serviu sem rebaixar-se.Se impôs e foi firme diante das massas, porém, com generosidade. Foi benevolente sem, contudo, ser fraco.
(Melhor exemplo a se seguir, do verbo humildar-se: Cristo!)
O humilde serve com o vigor de suas forças, pois ele é forte assim como foi Cristo; é caridoso sem se orgulhar, é misericordioso, sem se humilhar.Conhece o amor e a verdade que o Cristo deixou.
O humilde está armado de fé e temperança, por isso sê sim, mas sê humilde de coração e de alma, pois a humildade sim é exemplo de amor e somente o amor é que nos elevará ao Pai.”
Como diz Eriberto, quem teve as maiores doses de amor? Cristo!
E achei esse texto muito bom, de Marco Aurélio Ferreira Vianna, coloco um trecho:
“Na semana passada incorporei dois novos verbos à minha gramática. Com o mestre Hermógenes, aprendi humildar, que vem a ser uma derivação de humildade. Tanto humildar, quanto humildade, têm uma vinculação com a palavra latina humus, que significa terra fértil para receber a semente para uma futura colheita. Esta proposta, portanto, é que todos hoje têm de humildar-se, jamais humilhar-se (que também vem de humildade) diante dos fatos. Sem a subserviência da humilhação devemos ter a humildade de reconhecer que o sucesso do passado não garante o sucesso do futuro".
Com um outro mestre, Mario Cortella, aprendi que esperança vem do verbo esperançar e não do verbo esperar. Esperançar significa criação proativa de um futuro melhor. Significa não só esperar, mas fazer. Significa ter uma forte participação na construção do que está por vir.
Repito as frases:
“... devemos ter a humildade de reconhecer que o sucesso do passado não garante o sucesso do futuro.”
Isso é humildar-se! Saber e reconhecer que nunca chegaremos no topo de tudo! Teremos sempre algo, a conquistar, aprender, dividir...
“Significa não só esperar, mas fazer. Significa ter uma forte participação na construção do que está por vir.”
É a “tecla” que sempre batemos aqui! Temos que fazer a diferença! Não adianta esperar que o mundo mude! Temos que colocar a mão na “massa” e participar na construção de um mundo melhor!
Humildade é isso, é força de caráter, é conhecimento íntimo de seu potencial, os humildes geralmente são grandes, porém aos olhos do povo parecem pequenos.
Humildar-se não significa ter de humilhar-se. Tanto humildar, quanto humildade, têm uma vinculação com a palavra latina húmus, que significa estar em contato com a Terra, ou "filhos da terra".

~~

Vivendo a Revolução.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Público x Privado

Hoje em mais uma fabulosa aula sobre História Contemporânea aprendi o conceito de Público e Privado, como ele surgiu no século XIX e sua relação com a sociedade atual. Através de toda as reflexões obtidas durante a aula notei que esse conceito de público e privado fundamentam a vida do ser humano desde sua separação. Antes não existia essa divisão, as coisas eram feitas em qualquer lugar, para qualquer pessoa observar, mesmo ações hoje consideradas imorais antigamente não havia essa distinção entre a intimidade das pessoas e a vida pública.
Com o tempo a necessidade natural do ser humano de poder ter seu próprio espaço, seu refugiu, seu abrigo, lugar onde se pudesse fazer tudo que fosse de sua vontade foi extremamente reivindicada. A divisão ocorreu com o tempo, surgiram novos cômodos nas casas, novos pensamentos, surgiu a descrição, o recolhimento do ser. A partir disso, as pessoas foram se tornando mais reclusas e a intimidade passou a ser sua maior companheira. Criou-se a solidão. Não havia mais espaço para a coletividade, pelo contrário, ela incomodava muitas vezes. Viveu-se somente para seu nicho social e o distanciamento dos demais foi se tornando cada vez mais frequente.
Ao ler o texto de Hannah Arendt "A Condição Humana" a professora nos questionou com a seguinte sentença: "Qual é a crítica da autora? Ela defende o Público ou o Privado?".
Ao lado da janela e da cortina em seu balançar incessante parei e pensei. O que está mais presente hoje? Vivemos em qual dimensão? Defendemos qual conceito?
Quando dei por mim julguei achar a resposta ao redor. Vivemos na esfera privada. Continuamos a saga dos que lutavam por sua intimidade, por sua descrição, porém distorcemos toda a luta do passado, o âmbito privado passou a ser mais que uma necessidade, tornou-se permanente. Não há como negar que em uma sociedade tão individualista como a nossa, no qual vida privada, nosso mundo particular, nosso universo limitado esteja tão presente e tão constante. Não há busca pela coletividade, não existe espaço para o próximo, nos tornamos solitários. Presos em nosso egoísmo.
Não podemos viver sem a construção da felicidade coletiva, não há como pensarmos em futuro sem nos unirmos, não vai haver mudança sem pensamento solidário. Estão aqui as palavras que mais faltam em nosso dia a dia: coletividade e solidariedade. Talvez possa incluir compaixão, perdão, amor e o bem.
Com a proximidade das eleições a agonia que me vejo ao não encontrar nenhum desses aspectos nas pessoas me faz ter mais forças para mudar essa realidade. Em nosso pequeno universo particular há espaço para a abertura de novas idéias, de aconchego de novos pensamentos, no efervescer de novos ideias e campo amplamente fértil para semear o bem e o amor.
Não há construção, não há mudanças prósperas sem coletividade. A esfera Pública precisa estar equilibrada com a Privada, para poder ser superior a ela quando o momento necessitar. A hora é agora. Não vamos acomodar com o que incomoda.

"Sonho que se sonha só é só um sonho, sonho que se sonha junto é realidade"

quarta-feira, agosto 04, 2010

Uma Noite em 67

Bom dia. Ontem fui assistir o documentário 'Uma Noite em 67' direção de Renato Terra e Ricardo Calil.
Em uma sala quase vazia, também pudera eram duas da tarde de uma terça-feira, estava eu sentada esperando para ver um dos filmes que retratariam um pedaço importante da História da Música Popular Brasileira. Já de início você se surpreenderia com as imagens da música que seria naquele ano campeão do festival, “Ponteio” de Edu Lobo, uma música de arrepiar que ainda ouço ecoando pela sala escura.
O documentário reuniu os maiores talentos do período, os cinco ganhadores, com entrevistas emocionantes e que muitas vezes retratam um passado no qual a vida não era tão fácil para a música. Não é nem necessário comentar o motivo disso a data no nome do filme já diz tudo.
De Gilberto Gil, passando por Caetano, Chico, Edu, Mutantes, MPB 4, Roberto Carlos e Sérgio Ricardo, além de depoimentos dos criadores e produtores do festival. Só por esses nomes você já poderia sair de casa para acompanhar o filme, porém o ingresso vale muito mais pelo conjunto da obra, as imagens são sensacionais.
O público é a personagem principal do filme, sua presença, sua participação e seu envolvimento com os festivais são extremamente chocantes para quem, como eu, não vivi a época. Você que está acostumado a ver platéias sem ação, aplaudindo somente quando ordenadas em programas de auditório, saiba que naquela época não era assim, o público encontrava nesses festivais lacunas para expressar seus sentimentos e angústias. A música revoluciona e muito.
Ao som de "Roda Viva" de Chico Buarque e o MPB 4 você se sente sentado naquela platéia aplaudindo um rapaz de smoking e mil idéias na cabeça que hoje em dia mal sabe terminar de cantar a própria música. Senti o Chico totalmente modificado nos depoimentos, mas também pudera isso já faz anos e ele mudou muito. Mas vi um Caetano Veloso com o brilho nos olhos como se estivesse ali cantando "Alegria, Alegria" na frente do entrevistador, mesmo sem lembrar os acordes no violão. Já Gilberto Gil via aquela época como o início do processo que o transformou no que ele é hoje com sua música, mesmo tendo sido carregado para participar do festival.
Sérgio Ricardo talvez seja o momento de maior polêmica do momento, ao ser vaiado pela platéia perde a paciência e não consegue concluir sua canção, quebrando seu violão e atirando-o ao público, você já deve ter visto isso antes.
Roberto Carlos e sua cabeleira cantando um samba é algo totalmente inovador para quem só o vê nos programas de finais de ano da Globo, agora sei o porque minha mãe adora tanto ele, era um galã na época, e prepare-se, você não vai estranhar de ouvi-lo interpretando um samba.
Ao final sair ao som de "Ponteio" de Edu Lobo, nos faz sentir o êxtase da platéia e viver dentro de um dos períodos históricos brasileiros mais intensos, através da música. Alguém que não viveu aquela época, como eu, sente-se presente nesse momento e mesmo sem saber o que é viver uma repressão política, sabe que a importância da música para os brasileiros é enorme. Ao mesmo tempo me sinto na obrigação de lamentar nossa geração por não conhecer a História da nossa cultura. A Música revoluciona, mesmo.


“É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”, resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à platéia depois de ser duramente vaiado pela canção “Beto Bom de Bola”.

Recomendo esse mergulho no universo do final dos anos 60.


terça-feira, julho 27, 2010

De olho nos meninos do Mano

A seleção brasileira de futebol está com cara nova. A troca foi geral, do técnico, ao mais inesperado goleiro. A única mudança que não ocorreu foi interna na CBF. Não adianta, falta mudar por dentro.
Entretanto, com as mudanças que já estão acontecendo podemos vislumbrar novos ares para o futebol brasileiro. Mano Menezes foi uma boa escolha. Um técnico sério, competente e mesmo que não possua uma vasta carreira pelo mundo da bola já é experiente o suficiente para saber que está com um dos maiores cargos do Brasil nas mãos. Ele próprio afirmou isso na entrevista de ontem.
Sua primeira lista de convocados deixa evidente que quem possui atitude não tem medo de ousar e de inovar. É claro que ele não iria ser tolo o bastante para chamar os mesmos jogadores que frustaram o Brasil todo na África, mas poderia mantar vários desses nomes, isso ele não fez. Ponto para ele.
Um meio de campo jovem e talentoso, com volantes que sabem sair jogando com qualidade, um ataque que dispensa comentários se escalado da maneira correta e uma zaga que se séria, aqui sim unida com os antigos jogadores que são essencias nesse setor, pode ajudar e muito o ataque a voltar a se afirmar com o antigo brilho do futebol canarinho.
Vamos esperar o amistoso agora em Agosto e avaliar se os pontos do Mano vão subir mais e mais.
Acho que agora vai!


~~


Ainda em esportes, o que falar sobre nossa seleção de volêi? É inexplicável a tamanha admiração que tenho por essa seleção, acho que não existe um esporte que o brasileiro tenha tanta fé e orgulho pela seleção do que no volêi. Bernardinho é o cara e não adianta negar, ele sabe o que faz e sabe fazer todo mundo jogar. Parabéns Brasil 9 vezes campeão do mundo!!

Deus e eu no sertão

Uma das maiores alegrias da minha vida é poder viver bastante tempo aqui no interior, desde o começo dessa semana tenho notado o quanto é bom poder curtir essa calmaria, esse frescor, contar estrelas e nuvens.
Vivi minha vida toda no interior, nasci, cresci e só estou longe por conta dos estudos. Sinto falta quando não venho e sinto alegria quando estou aqui. A sensação de estar em casa é única, principalmente para quem mora fora da sua cidade natal. Ainda não me acostumei com o imenso barulho da cidade grande, com milhões de prédios, veja só aqui na minha cidade só tem um. Como não contar para-quedas aos domingos no céu? Como não acordar com os pardais na janela do quarto? Ah vida boa.
Mas acho que não volto mais para ficar, meus sonhos vão além, a vida é quem decide, suas asas que te levam.
Domingo deitei na rede no sítio e curti o vento no meu rosto, os pés na areia, a fruta do pé. Hoje eu colhi verduras na horta, corri de um ganso que me perseguia. É foi engraçado. Essa vida é do campo é boa demais. Acho que estou assim me lamentando porque essa é minha última semana de férias e eu vou voltar para correria da vida real, mas já estou sonhando com as próximas férias, até porque não consigo não viver em sonhos.
Acho que amanhã vou andar a cavalo.

sábado, julho 24, 2010

Quando o Canto é Reza



Essa é a música da minha semana. Estou extremamente ansiosa com a chegada do novo CD da Roberta Sá com o Trio Madeira Brasil. O CD vai ser todo de músicas do Roque Ferreira e pelo que já ouvi e li por aí vai ser um dos melhores trabalhos dela. Pretendo avaliar melhor quando o meu chegar, não resisti e já comprei na pré-venda da Saraiva. E juro que vou ouvir e escrever com olhos de crítica, mas duvido muito que vou achar coisas ruins no projeto, até porque ultimamente acho que é uma das cantoras mais completas que já conheci, além de ser uma pessoa adorável. Só que isso é outra história, outro post.


Lembranças

Faz uns dias que estou ensaiando para postar aqui, mas não achei que estava no momento certo. Prefiro não escrever quando estou com a cabeça quente, ou cheia demais, prefiro quando posso refletir melhor sobre os assuntos. Entretanto, desde ontem minha mente está pedindo para eu sentar e escrever aqui. Fiz vários textos, mas, como sempre, não me lembro de tudo que pensei. É a vida.


~~


"É esquisito ter lembranças de coisas que ainda não aconteceram" já dizia Chico Buarque. Essa frase mexeu muito comigo ontem, não sei exatamente o por que, mas sei que faz muito sentido na minha vida. Muitas pessoas acreditam que vivo em um sonho constante e não percebo a realidade que envolve meu cotidiano. Não, eu não sou assim. Eu vivo para realizar meus sonhos e sei que deixo isso transparente, talvez seja isso que incomode as pessoas. Dizem que não me preocupo, que não dou atenção. Ah meu sonhos, por que será que é tão difícil entender? Meu jeito é fácil, é honesto, é evidente. Na minha filosofia de vida é preciso  ser simples, porque de complicada já basta eu mesma. Ou seja, sou um paradoxo constante. Será que tão complicado assim aceitar que as pessoas são inconstantes? Não, não é.
Um som me toca, uma música me atrai, pessoas me conquistam sem eu ao menos conhecê-las, mas sei que conheço o essencial. Se me encanto com o que não é comum, não é por isso que sou diferente, sou somente eu.
Vivo em um sonho que me faz feliz, mas não deixo o que me contorna longe disso, mas não pretendo explicar como carrego comigo, é mais fácil do que parece. Não há mágoa que não se perdoe, não há amor que possa ser esquecido, pois se já esteve amado, não é esquecido.
E se o vento leva devagar, o mar traz de volta rápido. E se isso for um desabafo, eu já não sei, talvez seja mais de mim mesma.

domingo, julho 11, 2010

A década verde e amarela

A Copa do mundo de 2010 acabou. E agora José? Vamos voltar ao mundo real e pensar que 2010 ainda está na metade e muita água ainda vai rolar. As eleições estão chegando e precisamos pensar seriamente, pois esse ano a coisa vai mudar. Vamos ter cara nova em ação.
Qual a melhor escolha? As campanhas já estão lançadas, cada um dentro do seu partido e do seus planos. Confesso que muita coisa me prende quando falamos em política, o partido, o bom político e a decência do candidato.
Cada um possui suas simpatias, suas convicções e ideais, mas acho que uma avaliação minuciosa de todos os planos políticos é necessária, até porque você precisa escolher o que há de bom em cada campanha para depois exigir do seu candidato aquilo que ele não colocou, mas que o outro colocou.
Um bom governante para esse país precisa estar atento a milhões de problemas e necessidades constantes, mas o foco na educação é a chave de qualquer bom governo. Não existe um país estruturado sem educação. E convenhamos que isso esteja em falta no Brasil é só ler as últimas notas do IDEB. Além disso, é necessário um desenvolvimento sustentável em aliança com o crescimento da economia, principalmente agora que estão por vir a Copa e as Olimpíadas. Estão no foco do mundo nessa década que se abre e não há como não pensar em uma política que faça nosso país crescer de maneira correta.
Escolha bem seu candidato, não por ele ter um bom carisma, uma boa aparência, um bom papo, mas sim por ele ser um bom político.


E claro que eu não ficaria em cima do muro, já decidi em quem votar. Eu voto na Marina.

quarta-feira, julho 07, 2010

Tá?

Meu momento de indignação com a aprovação do Novo Código Florestal vai ficar a cargo dessa música que fala muito por todos nós hoje.







"Pra bom entendedor, meia palavra bas"

E que venha 2014

A Copa do mundo acabou para nós. Mais uma vez o Brasil perdeu nas quartas e saiu cheio de problemas mal resolvidos. Eu já havia afirmado que eu só perdoaria o Dunga se ele fosse campeão, não foi. Agora não o culpo mais, claro que ele possui uma parcela significativa nessa derrota da seleção, mas confesso que a culpa gira mais em torno da estrutura do futebol brasileiro atual, do que na figura lamentável de um treinador novo e perdido. Ele ainda vai aprender.
O futebol brasileiro perdeu o brilho. Não existe mais a graça e nem a vontade de correr atrás da bola, não tem alegria, não tem dribles, não existe mais vontade de ser feliz jogando futebol. É por isso que quando meninos, como aqueles que encantaram o país no primeiro semestre, aparecem todo mundo fica horas e dias elogiando e pedindo vestindo a amarelinha. Quantas vezes nos últimos cinco anos você viu um time jogando feliz por correr atrás da bola?
É por isso que Espanha e Holanda estão na final, porque existe graça em correr atrás da bola, porque existe incentivo, porque não existe um Ricardo Teixeira imutável no comando, porque não existe medo em vestir a camisa de um país.
Bola na trave não altera o placar, como já diria aquela velha música.


O polvo estava certo.

Rondas

Sentada no quarto com a mão sobre o queixo. O gato aos pés da cama, a estante em silêncio.
As constantes rondas do meu ser me agonizam. A janela do MSN sobe, é mais alguém sem sentido. A janela fechado, o céu escuro, o dia se foi.
Os sonhos despertando, as casas rodando e as perguntas continuam sem resposta. A mão sobre o teclado, os pés frios. E meu ser continua rondando.
Esperança, afeto, amor, tédio, sonhos. Mas será que aqui é o lugar? E por que ser diferente?
Dez anos se foram, quero mais cinco, mais vinte. Aquela velha foto no mural não esconde o passado, mas qual será a foto do futuro?
Não quero mais perguntas, não quero mais respostas. Quero a intensidade de sonhar sem ter mais medos, quero saltar, quero correr.
Não perco mais meu tempo pensando nele próprio, não canso mais meus olhos resolvendo o passado, quero sonhar bruscamente.
Rondas constantes do meu ser me levam ao futuro que criei e que pretendo viver. Sua roupa, sua música, seu jeito. Deixa ser como será.
E rola um samba ao fundo...

terça-feira, junho 29, 2010

Trocando de ares

Mudei o design do blog...novos ares, novos fundos.

~~

"Por que você chora tanto
E sofre sem ter motivo?
Vai, deixa todo esse rancor pra trás
Que a vida vem sorrindo pra nós dois
Que bom ver você florindo (sorrindo)
Desperta, cheia de luz e de verdade
Deixa fugir do seu peito
Essas marcas de um passado que só vão te magoar,
(paixão)
Quem quer viver bem no presente encontra o seu lugar
Seu lugar nos braços do sossego
Enquanto uns dizem que o tempo não para
Outros dizem que o tempo não passa de ilusão, ilusão
Deixe estar que a vida é mais sábia
Cada coisa tem seu tempo
E esses pensamentos não passam de nuvem rasa (rala)
E todo esse sofrimento não pertence a sua casa
Cesso esse tormento, enxugo todo o seu pranto
Com a força e com o sentimento que carrego no meu canto
Que bom ver você florindo."
 
Mariana Aydar - Florindo

O poder da amarelinha



É tempo de Copa, como eu amo essa época, esse é mais um dos motivos que me afastam do blog. Não perco um jogo da Copa, na verdade  não perco nenhum jogo de futebol, está é mais uma das minhas manias, depois da música vem o futebol. Será que nasci no Brasil?
Aprendi a gostar de futebol desde que era pequena, meu pai é fanático e sempre me colocava para ver os jogos com ele, até porque em uma família, na qual só ele é homem teria que sobrar para alguém essa influência, né? E eu não reclamo.
Eu gosto da bola rolando, do verde da grama, das horas sofrendo em frente a televisão, ou no estádio. Decorar o hino, os gritos, os nomes. Saber da história, dos craques, dos títulos. Eu gosto é de ver a paixão que move uma nação toda quarta, domingo, segunda, terça...
Não existe tempo ruim para o futebol, é só seu primo gritar do muro "Vamos jogar", ou você trocar de canal e ver um campo e uma bola rolando que você está preso mais uma vez. E eu não reclamo.
Nessas épocas de Copa todo mundo para, a rua é pintada, as bandeiras saem das janelas e tudo que lembrar nossa seleção  é exposto. Tudo bem que eu detesto patriotismo somente em eventos esportivos , mas é inevitável, até aquele sempre fala mal se rende. E eu não reclamo.
Não vou me prender a avaliações, ou a descrições dos jogos, isso eu faço no twitter. Eu vim demonstrar toda minha paixão de brasileira fanática por futebol e pela amarelinha em campo. Apesar de todos os poréns e todos os quais, quando ela rola naquele gramado e passa a linha da grande área. Quando um passe é feito milimetricamente, e ela vai marota direto na ponta da chuteira do atacante e quase implora para morrer na rede. É nesse momento que eu reclamo. Reclamo do pouco tempo que posso gritar gol, do pouco tempo que posso pular, do pouco tempo que posso abraçar, do pouco tempo até o próximo gritar. Ah, como eu amo!



quinta-feira, junho 10, 2010

Que belo estranho dia pra se ter alegria



Boa noite teias de aranha! Depois de mais um distanciamento desse blog voltei para falar de um assunto que até hoje não tratei aqui: Música!
Eu sei que habitualmente uso esse blog para desabafos e confissões, porém desta vez venho falar sobre esse assunto que não vivo sem, a minha querida música. Acho que não existe ninguém que não goste de música nessa vida, e eu não seria diferente.
Posso dizer que gosto de muitas coisas (até coisas demais), mas não posso negar que o que eu gosto mesmo é de música brasileira. Acho que não existe nada mais gostoso de se ouvir do que uma boa dose de música brasileira todo dia.
Meu ipod é mais variado que classificados de jornal, tem desde MPB, passando pelo samba, rock até aquela mais antiga moda de viola (não dá pra negar as raízes).
Mas hoje não vim falar sobre meus gostos, nem minhas bandas e cantores preferidos. Eu vim falar de um show, de uma música que mudou minha semana e mexeu comigo.
Domingo fui ao show da Roberta Sá aqui no Sesc Pinheiros em São Paulo. Foi um dos melhores da minha vida!
Já fui em diversos shows, já pulei, dancei e gritei bastante, mas foram poucos shows que me marcaram, esse foi um deles. Você pode estar se perguntando o que um show, na qual as pessoas estão sentadas, não podem tirar fotos (nem filmar), tem de bacana? Eu respondo e pergunto (parafraseando a mesma) Tudo.
Existe uma aura na música da Roberta que só quem já ouviu ela ao vivo pode sentir. Eu sempre gostei dela, nem sei desde quando, mas escuto a um bom tempo. Entretando, existe aquela diferença entre você ouvindo música ali no canto da casa, no quarto, no carro, do que ouvir ao vivo. Essa é a principal diferença do show da Roberta.
O talento que essa mulher tem não é facilmente encontrado por aí, uma desenvoltura no palco, uma doçura, uma simpatia transparecente e acima de tudo uma voz... ah meu deus que voz é essa?
Além de todos as qualidades da Roberta, toda sua equipe é de primeira, músicos competentes e talentosos.
Roberta deixou de ser uma promessa para ser uma realidade, daquelas que você vai ouvir muito por todos os lados. E eu recomendo vivamente todas as músicas do CD atual Pra se ter alegria.
Uma admiradora da Roberta é sempre suspeita para falar qualquer coisa, mas é só baixar uma música que você irá se encantar.
E respondendo a minha mesma pergunta. Você não fica sentado você flutua. Ela te leva até ao palco (literalmente) no final e você dança. Você não filma e nem fotografa (alguns sim rs), você contempla e memoriza.
Minha semana já é outra depois de domingo, não me canso de ouvir e de lembrar. Fiz uma promessa para mim mesma, não perderei nenhum show que apareça e eu possa ir. Até porque sei que ir nesse show foi mais uma sincronicidade em minha vida, pois tudo deu muito errado nesse dia, mas eu consegui chegar a tempo e consegui viver esse momento lindo.

"Devagar esquece o tempo lá de fora..."

Fotos e Vídeos:



Interessa? (Música que deu nome ao blog)



Janeiros

                                          
                                                                                       Fonte: Ju Oliveira



Lavoura e 1 minuto



Ah, se eu vou

No final ainda sai com CD autografado e foto.





quarta-feira, junho 02, 2010

Levantar

Confidência


Maldição sobre vós, doutores da lei! Maldição sobre vós, hipócritas!
Assemelhais-vos aos sepulcros brancos por fora; o exterior parece formoso, mas o interior está cheio de ossos e podridão.


(EVANGELHO DE SÃO MATEUS, cap. XXII)

(...)

Tua alma é como as veigas sorrentinas

Onde passam gemendo as cavatinas
Cantadas ao luar.
A minha — eco do grito, que soluça,
Grito de toda dor que se debruça
Do lábio a soluçar.

É que eu escuto o sussurrar de idéias,
O marulho talvez das epopéias,
Em torno aos mausoléus,
E me curvo no túm'lo das idades
— Crânios de pedra, cheios de verdades
E da sombra de Deus.

E nessas horas julgo que o passado
Dos túmulos a meio levantado
Me diz na solidão:
"Que és tu, poeta? A lâmpada da orgia,
"Ou a estrela de luz, que os povos guia
"À nova redenção?"
 
(...)
 
Oh! por isso, Maria, vês, me curvo

Na face do presente escuro e turvo
E interrogo o porvir;
Ou levantando a voz por sobre os montes, —
"Liberdade", pergunto aos horizontes,
Quando enfim hás de vir?"

Por isso, quando vês as noites belas,
Onde voa a poeira das estrelas
E das constelações,
Eu fito o abismo que a meus pés fermenta,
E onde, como santelmos da tormenta,
Fulgem revoluções!...
 
Castro Alves

terça-feira, maio 18, 2010



Bolhas. Qual sua função hoje? Há tempos está querendo explodir, mas resiste bravamente. Desista.

Já passou do ponto de você tomar seu rumo, leve contigo várias incomodas bolhinhas, que não precisam crescer. Vá rodar em outro céu, e diga as nuvens que não se escondam.

Rodar, rodar, rodar. E que venha a próxima.

domingo, maio 09, 2010

Só faltava um sorriso, só um sorriso.
Essa espera está me matando. Essa busca sem fim e sem pista alguma que me faça achar pelo menos um caminho. Estou com raiva. Estou com pressa. Estou sem sorte.
Quanto tempo mais será preciso?
Espero que logo.
A luz do corredor piscando me levam a velha impressão de que o tempo não espera, mas também não ajuda.
Espero que logo se resolva.
A noite calma lá fora, a chuva caindo como um consolo para a terra quente.
Espero que eu encontre uma pista.
A pulseira sobre a mesa é o lamento de uma noite que se foi.
Espero logo.

domingo, maio 02, 2010

Belo Monte, aqui NÃO!

Venho a um bom tempo prometendo postar sobre Belo Monte, como assunto está em alta ultimamente na mídia resolvi postar um antigo vídeo, semi-explicativo, sobre o que a usina de Belo Monte irá trazer para nosso país. Somente desgraças.
Meu posicionamento sobre isso é claro, Belo Monte aqui NÃO!



Você vai deixar isso acontecer? Eu não. Assine!

APÓIE AS AÇÕES EM DEFESA DO RIO XINGU!

Ai, que saudade eu tenho da Bahia. Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia...

Aqui estou eu mais uma vez, atrasada como sempre nas postagens, com milhões de coisas para fazer, provas, seminários, decisões e ainda assim tendo que viver.
Uma das coisas que mais me intrigam é a nossa constante falta de tempo, que raios de mundo é esse que acha que somos máquinas?
Já fiz um post sobre o tempo, mas não tem como não me indignar com minha própria falta de tempo. Falta de tempo até para colocar minhas idéias no lugar, falta de tempo para pensar em mim, falta de tempo para ler meus livros preferidos, para entrar no msn conversar com os amigos, um telefonema, uma viagem, sinto tanta falta das minhas constantes viagens ao fim de semana, praia, Avaré. Ai que saudades que eu tenho do mar.
O que me dá mais raiva é que mesmo programando seu dia, seu mês, seu ano, sempre falta tempo. Sempre sobra vontade.
Infelizmente ainda não econtrei nenhuma solução para esse mal, mas ainda vou muito lamentar por ele existir.

"Ai, que saudade eu tenho da Bahia. Ai, se eu escutasse hoje eu não sofria..."

quinta-feira, abril 15, 2010

2012 é logo ali

Boa noite. Desculpe a demora pela postagem, mas estou tão atordoada e tão sem tempo com as minhas coisas que deixei a internet meio de lado essas semanas. Porém, venho com notícias novas!
Vou iniciar minha iniciação científica, sobre Cultura e Sociedade no Rio de Janeiro no século XIX, estou muito feliz com isso, pois sei que é um grande passo na minha vida acadêmica e sei que irá me ajudar muito para o resto do meu curso. Ainda estou muito no começo, conversando com a minha professora sobre um bom recorte no tema para o foco ser preciso e suficiente para que a minha pesquisa seja aprovada.
Além disso, estou me dedicando bastante a faculdade esse semestre, pois não posso ter nenhuma nota ruim e poder ter tempo de sobra daqui uns tempos.
~~

Deixando de lado minha vida pessoal, os acontecimentos que vem ocorrendo durante essas semanas são fundamentais para diversas discussões que sempre tento levantar aqui no blog, como a questão da natureza e a humanidade (as chuvas destruidoras no Rio de Janeiro) e a questão de todo o embate sobre a hidrelétrica de Belo Monte.
Hoje tive uma aula sobre a Revolta da Vacina e pude notar elementos que eclodem até hoje em nossa sociedade. Sem considerar a revolta em si, um assunto que me chamou a atenção e que achei muito elucidativo sobre essa questão dos desmoronamentos causados pela chuva foi o fato de no início do século XX o governo brasileiro ter investido muito para a modernização da cidade do Rio de Janeiro, com isso fez com que a população mais pobre da cidade, que habitava os cortiços na região central, fosse expulsa de suas casas (por meio da violência). Esse foi um dos pontos chaves para a constante mudança da população para os morros da cidade.
A chuva em excesso no Rio nos faz voltar para antigas questões sobre a habitação irregular de áreas de constate risco. Mesmo esse problema da chuva ser recente, não podemos deixar de recorrer a história para poder entender o porquê dessas condições em que muitos brasileiros sofrem e sofreram durante muito anos.
Muitas são as justificativas, porém muito poucas são as soluções que vemos sobre esse assunto. Um problema que atravessou o século sem ao menos existir uma remota possibilidade de ser solucionado completamente.
Além dos problemas habitacionais há também a questão do por que essas constantes mudanças no clima nos afetam cada vez mais rápido. A resposta é simples, porque não estamos dando valor ao nosso planeta e mesmo com todos os avisos que a natureza está nos passando ultimamente não fazemos nada.
Ninguém mais acredita naquele discurso do "faça sua parte”, pois o pensamento utópico realista está mais uma vez predominando. "Se ninguém faz nada, eu sozinho não posso mudar o mundo. Está tudo perdido, 2012 tá chegando mesmo" essa é uma das frases que eu mais escuto nos últimos tempos e minha resposta para isso é essa:
SIM VOCÊ PODE MUDAR SOZINHO, além de mudar suas atitudes você influencia outras pessoas a repensarem as próprias atitudes!
E o que a revolta da vacina, as chuvas no Rio de Janeiro e utopia realista tem em comum? Tudo. Se fossemos tão espertos como muitos dizem que somos os erros do passado não seriam repetidos e sim corrigidos. E a constante descrença na natureza e na própria humanidade nos torna cegos para os problemas do mundo. Além disso, a expressão mais propicia par todos esse problemas é a falta de consciência, algo totalmente perdido hoje em dia, mas acredito que pode ser recuperado.
O mais importante é não deixar de crer que nós ainda podemos modificar essa história sem repetir os erros passados.


"Não acomodar com o que incomoda"

~

P.S: Vou deixar a questão sobre Belo Monte para um post único.

terça-feira, abril 06, 2010

O mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões à pó..."

Faz alguns dias que diversas idéias tentam se sintetizar em minha mente, tentando me fazer começar a crer nelas e a segui-las.
Nunca fui uma pessoa polêmica na visão dos outros, tenho meus valores, meus conceitos, meu ideiais, mas nunca cheguei e expressar eles na cara de ninguém. Nesse exato momento da minha vida vejo que chegou a hora de defender meus pensamentos e as minhas influências. Acho que ainda estou absorvendo certas realidades e certos conceitos, mas sei que é chegado o momento de me expressar sobre eles e sei que esse blog é o meu porto seguro.

~~

Em qual momento da sua vida você se depara e pensa sobre as suas crenças e as sua influências no tempo presente? Acho que hoje o mundo se dedicou tanto em viver o momento, em esquecer o passado e em não pensar no futuro que esquece de sonhar.
As pessoas insistem tanto em não sonhar, em não acreditar mais em nada e acabam se abraçam em um realismo utópico. O realismo é a utopia do século XXI. Cheguei a essa conclusão a um tempo atrás quando lia um livro para um trabalho de História Moderna sobre o Iluminismo.
Eu explico, se para você não faz sentido essa afirmação. Quantas vezes você parou e conversou com você mesmo sobre o que acontece ao seu redor? Quantas vezes você acreditou em um ideal? Quantas vezes você acreditou em você mesmo nesses últimos tempos? A resposta é nenhuma vez, ou quase nunca. Agora você pode reler a frase e pensar sobre ela.Contudo você pode me rebater dizendo que se as pessoas não forem realistas elas não sobrevivem no mundo atual; eu até concordo que uma dose de realismo nos mantém com os pés no chão e não nos faz fantasiar demais, porém o realismo que eu retruco é a falta de sonhos da humanidade, a falta de compreensão, a falta de amor ao próximo, a falta do respeito com a vida, com a natureza, com seu país, com você mesmo.
Suas crenças podem ser opostas, mas posso usar o exemplo de Jesus Cristo, um marco, um mito, um idealista, ou um Rei? Tudo. A mesma essência reunida em apenas um ser, um santo. Jesus é o maior sonhador da terra, e não veja o termo como alguém que não vive em contato real com o mundo, mas sim como o homem que acreditou na humanidade, nos salvou e até hoje nos mostra o caminho ideal para se seguir, o caminho do amor. Se cada um de nós seguir pelo menos metade dos ensinamentos de Cristo a humanidade seria outra.
Um momento de reflexão é o que eu peço para cada pessoa que ler esse post, um minuto de amor ao próximo, um minuto de respeito com a natureza, um minuto de consciência sobre seu papel no mundo.
Finalizo esse devaneio utilizando uma frase da Marina Silva que li domingo no jornal na qual ela se refere a Dom Quixote relacionado algo de sua campanha, mas acho que serve muito para o momento:

"A única diferença é que ele (Dom Quixote) duelava com moinhos de vento como se fossem gigantes, e eu duelo com gigantes como se fossem moinhos de vento. Somos igualmente quixotescos"

Um passo de cada vez. Uma luta por dia, uma revolução pela vida.

Vivendo a revolução.

quinta-feira, abril 01, 2010

Pesadelo

Lispector me entenderia...

"Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo. Gênero não me pega mais. Além do mais, a vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora. Entender é sempre limitado. As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. Porque no fundo a gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro."


(Clarice Lispector)

terça-feira, março 23, 2010

A fé que você deposita em você e só...

Continuando o post passado...

Tive um lapso ontem e me deu branco, não conseguia progredir no post, parei.
Voltei hoje, mas acho que não com as mesmas idéias e não tão zen quanto ontem, um dia de cada vez.

Ontem eu estava conversando com uma amiga no msn e ela me disse uma coisa sobre mim que me deixou encucada, o melhor, ou o pior é que era um elogio. Apesar de ser uma elogio me vi pensando antes de dormir de que esse elogio era uma característica que eu sempre quis ter e que eu sempre admirei nas pessoas. Falando nisso fiz uma carta ontem (ainda escrevo cartas) que retrata exatamente essa admiração.
Vocês podem estar pensando que estou fazendo propaganda sobre a minha pessoa, mas não é isso. Acho que esse é um daqueles momentos da vida onde você analisa você mesmo para poder se entender e entender os outros.
É muito fácil gostar de alguém e achar que as suas atitudes são bacanas e interessantes, entretanto é complicado admirar alguém. Porque, quando você admira você se envolve com os conceitos, as referências e a própria vida da pessoa, não no sentido de ficar vasculhando suas coisas, mas sim seus ideais. O que me faz admirar alguém é a força de vontade, a fé nas coisas e nas pessoas e acima de tudo a luta em manter seus ideais e propósitos vivos. Complicado? Totalmente.
Eu não me vejo integrada nesses contextos, não que eu não tente seguir todos eles, mas acho que tenho que comer muito feijão e arroz para chegar a esse estágio da admiração. Não estou querendo que ninguém me admire (fora meus pais), mas sim que me vejam como uma  pessoa de força.
Talvez isso não faça o menor sentido para você, mas a necessidade que eu tive de escrever isso me fez parecer fazer sentido, não hoje, mas quem sabe amanhã.
Minha mente está parecendo um vulcão de idéias e dúvidas sobre a vida, sobre as pessoas, sobre o mundo, sobre meus ideais e minhas lutas.

Um dia de cada vez, um céu para todos os dias, uma luta para toda vida.

segunda-feira, março 22, 2010

Estou regando meu jardim, estou cuidando bem de mim.

Boa noite. Faz tempo que não escrevo aqui, desculpem o atraso, mas minhas aulas voltaram e esse semestre será puxado, além disso pretendo me dedicar em tempo integral a isso, pois preciso começar minha iniciação científica. Entretanto, esses dias tive muitas vezes vontade de escrever aqui, idéias a mil, conceitos novos e momentos de sincronicidade que me deixaram aflita para postar, mas acho que hoje vou escrever algo mais zen.
Vou falar sobre mim, isso pode até parecer zen, mas não é. Apesar que hoje estou bem zen. Ultimamente tenho agendado coisas na minha cabeça e completado quase todas elas, tudo bem que nem sempre no dia e no horário certo, mas tenho realizado todas elas.
Como me colocar em dia com meus textos e meus livros, organizar idéias, economizar, meditar e me ver com a cabeça no lugar.
Acho que estou crescendo.

(Continua...)

quinta-feira, março 11, 2010

Tempo, tempo, tempo vou te fazer um pedido...

Hoje eu me vi em uma situação bem estranha, sentada no ônibus indo para Sorocaba eu me deparei que perdi a noção do tempo para tudo. E isso vem de longe, talvez eu nunca tenha me dado conta do que tenha sido o tempo em minha vida.
Quando penso no passado não me vem na cabeça o ontem e sim o ontem de muito tempo atrás, como se o ontem não existisse. Pode ser porque meu dia de ontem não tenha sido especial para ser lembrado, mas por que nós só nos lembramos das coisas especiais? Ou só das coisas ruins? Queria poder lembrar dos dias de ócio e dos dias de chuvas. Você pode me perguntar o porque disso, mas eu também não sei, talvez seja para perceber que o tempo passa.
Nesse mesmo banco de ônibus em meio ao verde da paisagem e ao sono que vinha e ia, eu criei um poema/poesia/texto sobre como 2 minutos são suficientes para o tempo levar seu dia, sua vida embora. Quero transformá-lo em um vídeo que pretendo gravar amanhã, se o próprio tempo me permitir isso.

Quantos dias cabem em 2 minutos? É. Já foi.