sábado, agosto 23, 2014

Dias de luas



Há em mim algo da noite. Nunca fui dela, mas me rendo.
Nunca deixei que a insônia me fosse aliada, mas sempre tive dias em que ela esteve presente.
Sempre fui do dia, da poesia do sol, das cores. Mas há noites que me prendem. Feito o último gole.
Todo poeta vive de noites mal dormidas, de copos bem bebidos e de dias mal vividos. E eis mais um dia de lua.

sábado, agosto 02, 2014

Quantos tantos cabem ao ato



Quadros,
quadras.
Quadrados de quantos.
Dedos
uns tantos

Prantos em quadrantes,
em quadrilhas do meu quarto.
Ato, cato, mato.

Ajo, ao tato. 
Me empato,
ao fato
ao quanto
ao tanto.

Quadros de quadras,
quatro quadras 
à direta do quanto.