quarta-feira, julho 07, 2010

Rondas

Sentada no quarto com a mão sobre o queixo. O gato aos pés da cama, a estante em silêncio.
As constantes rondas do meu ser me agonizam. A janela do MSN sobe, é mais alguém sem sentido. A janela fechado, o céu escuro, o dia se foi.
Os sonhos despertando, as casas rodando e as perguntas continuam sem resposta. A mão sobre o teclado, os pés frios. E meu ser continua rondando.
Esperança, afeto, amor, tédio, sonhos. Mas será que aqui é o lugar? E por que ser diferente?
Dez anos se foram, quero mais cinco, mais vinte. Aquela velha foto no mural não esconde o passado, mas qual será a foto do futuro?
Não quero mais perguntas, não quero mais respostas. Quero a intensidade de sonhar sem ter mais medos, quero saltar, quero correr.
Não perco mais meu tempo pensando nele próprio, não canso mais meus olhos resolvendo o passado, quero sonhar bruscamente.
Rondas constantes do meu ser me levam ao futuro que criei e que pretendo viver. Sua roupa, sua música, seu jeito. Deixa ser como será.
E rola um samba ao fundo...

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