quinta-feira, novembro 04, 2010

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Aos pés do morro, descalços, sem rumo. O vento castigava seus já rebeldes cabelos. Logo adiante se via o soar das ondas batendo nas rochas. Era uma tarde de primavera, o sol era tímido, mas imponente. As dúvidas ainda persistiam e o chapéu se fora. O balanço do mar de agora era o silêncio de outrora.
Sentou-se ao redor de um pedra, observou o mar. Sempre foi difícil para Paulo aceitar que sua vida não era como havia planejado, geralmente as coisas nunca são como nós queremos. Houve um tempo em que sonhar era mais fácil, talvez seja porque quanto menos preocupações, mais tempo para idealizar. Era complicado demais resolver os problemas.
A leveza das ondas impressionava e ao mesmo tempo irritava. Por que era tão fácil para o mar ser sempre um motivo de sonhos e desejos? E se sonhar fosse como o mar por que é tão difícil atravessar a correnteza? Tenho certeza que nem ele próprio sabe.
O tempo passara e a brisa trazia o cheiro doce e suave da mata verde que se via ao redor do morro. A esperança renasceria no fim do dia.

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