terça-feira, dezembro 22, 2015

Mãos no chão, pés no céu


Quando o céu se faz limite é quando não cabe mais em si todo um universo que está por vir.
Sabe, muitas vezes o coração é a porta de entrada para um mundo novo, composto de um milhão de sonhos, medos, anseios, desejos. É onde se pode guardar todas as estrelas do olhar, do pensamento. Todas as nuuvens de vontades.
Muitas vezes os pés no chão não são suficientes. É preciso ir além.
Quando o que nos limita é o universo interno é quando é preciso ir além.
O céu estrelado não deixa de ser nosso, mas ganha um universo para ser dele.
E então é onde todo o resto deixa de ser só o resto e se torna tudo.
O tudo.
Sabe, quando o que nos limita somos nós mesmos é quando há um mundo que nos mantém firmes no chão, quando o que queremos é manter os pés nas nuvens.
Todo mundo tem um lado sonhador, por mais realista que sejamos. A vontade de ser livre vai além, por isso é tão importante se perder em nós mesmos.
Um eu que se torna nosso. É tudo que basta, sabe?
E então é que começa fazer sentido quando nossos pés possuem o chão, mas sentem que o céu é o que os aproxima da plenitude. Aquela, no qual é possível sonhar e ser real.
Sem que um se desfaça do outro.
O meio termo entre o nosso céu e o universo. É isso que todo céu particular deveria buscar. Sem extremos.
É por isso que faz tanto sentido ter um céu tão seu na vida de qualquer eu.

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