domingo, maio 08, 2011

O selo do meu eu é diferente do selo da minha calça

O ser humano é um elemento fundamental na cadeia de acontecimentos que movem o planeta. Nós temos o poder de mudar o curso da História com poucas atitudes e muitos afazeres. Sexta passada em uma aula sobre História Contemporânea o professor soltou uma frase que ficou martelando minha cabeça por um bom tempo. "Precisamos de identidades para nos mantermos vivos"
Essas identidades variam conforme o período, a vida e a história de cada um. Ele se referia a certas identidades sociais com o Estado que resultou no boom econômico em meados do século passado, mas isso não vem ao caso no momento.
A questão fundamental para nós é que perdemos totalmente nossas identidades a cada minuto e sempre precisamos renová-las. Hoje em dia essa fase de identidades é muito característica na adolescência, pois esse é o momento fundamental da formação de nossa identidade pessoal e são a partir de certas comparações ou modelos que nos encontramos, ou nos perdemos. Esses diversos movimentos, muitas vezes ligados a música, que encontramos todos os dias nas ruas e nas escolas, na qual a importância do visual e da estética predominam; observamos a inversão de valores que fundamentam o ser humano. Alguém pode citar uma finalidade intelectual, não alienante, nessas 'modinhas' urbanas? Confesso que me esforcei para encontrar alguma, talvez a mais importante delas seja que muitas aderem ao vegetarianismo, mas mesmo assim distorcem essa visão.
No passado, como citado anteriormente, as identidades partiam da sociedade para com o Estado e essa relação de confiança foi o combustível de muitos países para proporcionar diversas guerras e acontecimentos que se pensarmos atualmente não fazem sentido para nós. Se importarmos essa visão aos dias atuais nos deparamos em um precipício no qual já caimos. Existe alguma possibilidade de encontrarmos identidades no Estado atual? Seja ele em qualquer nível?
É muito difícil encontrar laços fortes e permanentes na política atual. É com pesar que digo que esse aspecto perdido deveria ser fundamental para buscarmos as mudanças tão desejadas.
Depois de pensarmos sobre isso nos perguntamos, quais são nossas identidades atuais? Uma pessoa, um movimento, uma vertente? São tantas escolhas dentro de uma resposta cada vez mais difícil. Posso responder por mim que levei horas refletindo sobre isso e conclui que as minhas identidades são misturas de influências pessoais e de ideais, além de uma dose exagerada de esperança que pretendo manter firme.
Nossas identidades são os que nos movem e são o que perdemos um pouco a cada dia. Você não precisa relacioná-las com esperança, mas pense se essa constante perda de identidades não são resultados de pessoas inconstantes inseridas em uma sociedade atípica e corrupta?
Continuo acreditando.

Um comentário:

  1. Ana Catarina Mesquita8 de maio de 2011 às 18:17

    Parabéns, Thássia!!
    Belo texto!! Como sempre vc traz à baila, temas interessantes e muito oportunos!! Adorei sua visão sobre essa questão, "Nossa Identidade"!!!
    Vc é uma jovem diferenciada, diante de tanto conteúdo e bom senso!!
    Amei seu texto!!!

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