quinta-feira, junho 09, 2011

Rumos, rondas e rezas

Era tarde de terça-feira. Os papéis sobre a mesa. A poeria sobre o chão da sala. Correspondências se empilhavam perto da porta. A rotina estava enlouquecendo com o descaso para com ela. O destino não ditava mais seus planos. Quem buscava seu caminho agora era ele.
Os devaneios da noite anterior impulsionaram Paulo a seguir um novo percurso. Cansado de perder o chão aos 25 anos, sabia que o cotidiano o sufocaria bem antes que completasse 30. Não compreendia o por que de tanta angústia no seu ser, mas sabia que algo deveria mudar.
As conversas jogadas fora com pessoas pelas ruas ajudavam, mas também conflitavam. A solidão de cada ser perturba quando se encontra com a nossa. Nem a brisa reconfortava. O tempo não era o mundo.

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