quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Vejo folhas verdes ao redor. Um dia quente, porém nublado. O ócio inspirador bate a porta. Uma folha em branco ganha toques de frescor.

Sentado ao lado de uma garrafa d’água e aos pés o chão. Como voar em tinta negra sem tirar o peso das costas? Dois gatos ao redor dormem como se esse dia fosse o último, mas é somente mais um dia.
A vontade de se libertar se contrasta com o medo de não conseguir. O não é eletrizante, te prende, te move, te sufoca te liberta. A cada dois nãos um sim.
É não adianta nem tentar, você foi pego. O peso que te mantém no chão é o que te sufoca aos poucos. Talvez o momento seja de parar de refletir.
Sempre nessa época do ano, na qual o sol escalda e o vento inspira, os momentos são mais intensos. Essa sina de intensidade ainda nos comove me leva a imensidão, aos sentimentos que convivo diariamente. Ao passo que mergulho, não quero mais voltar. Ao passo que me engole não quer mais me soltar. E lá vamos nós de novo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário